quarta-feira, 24 de agosto de 2011

1 Tessalonicenses 5:9-10

A carta primeira carta aos tessalonicenses é a carta paulina mais antiga e ao mesmo tempo, o registro escrito do cristianismo mais antigo preservados. Para não fugir a estratégia de Paulo (ou do Espírito? rs), Tessalônica não podia deixar de ser um importante entreposto comercial da época. Foi visitada por Paulo em sua segunda viagem missionária (Atos 17).

Nessa carta, Paulo deixa 3 pontos que valem a pena serem lembradas (pelo menos para mim), a saber, um conceito doutrinário, uma substituição e uma demonstração de que texto fora de contexto é pretexto.

O primeiro ponto é o conceito doutrinário quanto a posição dos mortos em relação a salvação. Existia uma preocupação dos crentes da cidade em relação ao assunto e Paulo explica como seria. Quer saber? Então... eu vou incentivá-lo a ir até a Bíblia e ler (1 Ts 4:13-18). O segundo ponto é a real motivação e a razão da carta. Paulo tinha uma vontade muito grande de voltar a cidade temendo que o Tentador os tivesse provado, fazendo-os deixar a fé. Paulo tentou voltar a cidade, mas por inúmeras dificuldades, não conseguiu voltar, mas não desistiu como alguns que na primeira dificuldade de comunicação desistem (uma ligação ocupada, um recado não retornado, um e-mail não respondido), pelo contrário, Paulo insistiu e enviou Timóteo para o representá-lo e como consequência do retorno uma resposta com boas notícias, imediatamente se pôs a escrever a carta a fim de retomar o contato com os crentes do local, respondendo dúvidas, reforçando sobre a prática da santidade, do amor fraternal e a necessidade da vigilância permanente. O terceiro ponto é mais percebido por pessoas que se preocupam com o contexto histórico e cultural da época para não repassar pensamentos sem fundamentos. Para quem não conhece o contexto em que a carta foi escrita, quando lê o trecho de 1Ts 2:1-12 pode pensar que Paulo estava se protegendo de alguém com ciúmes (ou de críticas) que tenha colocado em dúvida seu trabalho, mas na verdade é que Paulo está colocando os limites de sua pregação para que possíveis salteadores das idéias contemporâneas, não trouxessem dúvidas do que havia sido pregado por ele, a fim de perdurar o trabalho deixado na cidade.

Se eu for me posicionar sobre todos os três pontos, eu ficaria cansativo e o texto longo. Então tive de escolher um, e com muita dor no coração, porque adoro escrever para vocês. Escolhi o de preferência nacional,... “o sobrenatural”. Mas fiz esta escolha propositalmente, a fim de acabar com o misticismo exagerado de alguns. Eu realmente não me preocupo com os mortos, ou com o final do mundo, apenas procuro manter as boas lembranças de quando os mortos estavam vivos e eu vivendo com eles. Uma vez eu perguntei ao meu “discipulador” sobre o assunto e me foi respondido que eu deveria me preocupar com quem estava vivo, dando amor enquanto há vida e de como eu estava vivendo e sendo exemplo para eles, pois a salvação (tanto para um quanto para o outro) seria uma conseqüência do viver, não do que eu fazia em vida e sim pela forma de como eu vivia sendo cristão, não de fazer coisas e sim de ser com as pessoas, consigo e com Cristo. Confesso que tenho minhas limitações e que não sou perfeito, mas esse é o jeito que procuro viver, em suma, olhando para vida e não para a morte, procurando viver a vida com vida (em Cristo) e com as pessoas ao meu redor.

Sobre os outros dois pontos da carta que me marcaram, como eu disse, eu vou deixar para você ler se você ainda tiver fôlego. Amém.

André Azevedo

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